“No referendo realizado junto com o segundo turno das eleições, 56,9% escolheram atrasar o relógio e aumentar a diferença do fuso em relação a Brasília. Desde 2008, o Acre tem uma hora a menos -duas com o horário de verão. Agora, serão duas horas -três no verão. Ainda não há prazo para o novo horário passar a valer”.
E quem regula os horários no plano mundial? Não existe um órgão responsável por decidir qual horário imperará em cada país ou em cada região de um país. Os países são soberanos para decidirem seus próprios fusos.
O Brasil, portanto, pode definir internamente seus próprios horários se assim quiser.
Outros países optam por horários mais exóticos, com diferenças de meia hora (por exemplo, Antigua, Barbados, Afeganistão, Irã, Índia ou Birmânia), e quarenta e cinco minutos (Nepal). Outros países, que em teoria deveriam ter mais de um fuso por conta de seu tamanho, preferem adotar um fuso único por questões políticas. Por exemplo, a China, cuja a área cruza 60 meridianos, mais do que a área continental dos EUA que, ao contrário da China, resolveu adotar 4 fusos horários (a área da China é maior que a dos EUA em todos os sentidos, inclusive em número de meridianos, que é como os fusos horários normalmente são definidos: área da China vai do meridiano leste 74 ao 135, enquanto a área continental dos EUA vai do meridiano oeste 124 ao 66).
A maior parte dessas organizações trabalham baseadas na hora universal, normalmente chamada de UTC. Brasília, por exemplo, é UTC -4, ou seja, está quatro horas depois da hora universal.
No caso do Brasil, uma vez que decidamos mudar o horário de uma parte de nosso território, devemos informar ao Comitê Internacional de Pesos e Medidas do BIPM (Bureau International des Poids et Measures). Mas cabe lembrar que nem a metade dos países do mundo são signatários do BIPM, que conta com apenas 54 países membros e 31 países associados.
25/3/11: A BBC fez um globo interativo sobre fusos horários em países como a Rússia, China e até mesmo na Antártica. Está em inglês, mas vale a pena conferir: www.bbc.co.uk/news/world-12849630