Esses são apenas alguns entre muitos dados do relatório divulgado pela gigante americana Juniper Networks na última semana.
Com a proliferação de celulares entre crianças e adolescentes (a empresa estima que 83% dos menores entre 10 e 18 anos nos EUA usam celulares), esses números não devem diminuir. Eles se tornam ainda mais preocupantes quando os cruzamos com outros três dados da mesma pesquisa:
- 20% dos donos de celulares perderam seu aparelho durante o ano.
- 80% dos usuários de smartphones pesquisados não usam proteção antivírus. Dentre os que usam, um em 5 foi infectado por algum programa malévolo no ultimo ano.
- O número de programas danosos – vírus, cavalos de troia etc - contra celulares inteligentes cresceu, em média, 250% entre 2009 e 2010. E contra aparelhos usando o sistema Android (o mais popular sistema operacional para celulares inteligentes), aumentou 400% entre junho de 2010 e janeiro de 2011.
Coloque tudo isso junto e se chega à conclusão de que uma enorme quantidade de adolescentes possui fotos, mensagens e vídeos comprometedores em seus celulares, esses celulares são constantemente perdidos ou roubados, e dentre aqueles que não são perdidos ou roubados, uma boa parte está desprotegida contra ataques cibernéticos ou – pior – já está infectada, e o problema só tende a aumentar porque uma incrível quantidade de novos programas malévolos está sendo desenvolvida diariamente.
Não precisa extrapolar muito para se chegar à conclusão de que estamos na iminência de um problema social grave, com milhares de crianças e adolescentes (e adultos) expostos na internet. Pior: uma vez expostos, dificilmente conseguirão recuperar sua privacidade porque essas fotos, mensagens e vídeos, uma vez publicados na internet, se espalham rapidamente por sites situados em dezenas de países diferentes - com leis e sistemas jurídicos diferentes – e em contas de e-mails de milhares de pessoas, que podem voltar a divulga-los anos ou décadas depois.